Author:Daniel Silveira

“Popular” ou “Erudito”?

Por que aspas?

Há muito tempo considero esses nomes inadequados. Mas eles já estão em nosso vocabulário musical. Uma pena.

O termo “erudito” entrou em moda para substituir a palavra “clássico”, uma vez que nessa modalidade existem os períodos barroco, clássico, romântico e contemporâneo. Se fosse mantido o termo “piano clássico” poderia confundir com o “período clássico”. No entanto, o termo “erudito”, além de ser pretensioso, afasta as pessoas dessas músicas maravilhosas.

 

Pode parecer que a música destina-se apenas às pessoas cultas, acadêmicas, poliglotas ou muito ricas.

 

Na verdade, são músicas eternas de grandes gênios, como Bach, Mozart, Beethoven, Chopin, Tchaikovsky, Ravel, Debussy e outros, considerando todos os períodos. E feita para todos os públicos.

 

Considero o termo “popular” pejorativo, se comparado à denominação “erudito”. Na música “popular” existe um estudo bem complexo e maravilhoso chamado Harmonia Funcional Moderna. Por isso, esse tipo de música também merecia uma denominação mais adequada.

 

Alguns exemplos de compositores “populares” são Tom Jobim, Ivan Lins, Miltom Nascimento e tantos outros aqui no Brasil. Músicas internacionais interpretadas por cantores como Frank Sinatra e Tony Bennet também são “populares”, além de músicas do cinema e de outros países.

 

Músicas pop ⁄ rock também são consideradas “populares” ( Beatles, Elvis, Bee Gees, Elton John, etc.)

 

Afinal, qual a diferença?

No estudo da música “erudita” tocam-se os arranjos originais, nota por nota. Na maioria das vezes, a herança deixada por esses grandes compositores foram as partituras, e não as gravações. Ninguém na nossa época ouviu Chopin tocar. Não existia gravação no século XIX. E o grande desafio de um artista é interpretar o que esses gênios quiseram nos dizer com as suas obras. As notas são as mesmas, mas a interpretação de um bom pianista é bem diferente de outro grande pianista. Mudar o arranjo de um Noturno de Chopin ou de uma Sonata de Mozart é considerado algo de extremo mau gosto.

 

Na música “popular” é diferente. O arranjo é feito previamente pelo próprio intérprete pianista. Alem de ser permitida a improvisação. Se você escutar “Autumn Leaves” tocada por Bill Evans ou Oscar Peterson, provavelmente não será o mesmo arranjo.

 

O curso apresentado neste site é o de piano “popular”.

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PIANO33
ago 25 2016

Piano ou teclado?

O curso é predominantemente de piano.

 

Existe uma razão para isso: o teclado eletrônico é um instrumento extremamente jovem se comparado aos demais instrumentos musicais. Da forma como é conhecido hoje, ele surgiu em meados dos anos 70. E passou a ser bastante utilizado a partir da década de 80. Trata-se de um instrumento com diversos recursos, mas principalmente com muitos “sons” (timbres) diferentes, sejam timbres inéditos ou imitações de outros instrumentos acústicos.

 

Então, de repente, surge no mundo um instrumento com vários sons diferentes, o teclado. Quem irá tocá-lo? Por possuir “teclas”, os instrumentos mais próximos são o piano, o órgão, o cravo e o acordeom. Geralmente são estas pessoas, pianistas ou organistas, que tocam os teclados, unindo a sua técnica, o seu conhecimento musical e principalmente a sua criatividade. É desejável que o tecladista tenha conhecimentos básicos de outros instrumentos e arranjos.

 

Para um pianista, tocar teclado é uma missão muito fácil, seja como integrante de uma banda ou para gravar uma trilha sonora no computador.

 

Uma utilização muito interessante do teclado em nossas aulas refere-se aos teclados arranjadores com acompanhamento automático. Isso é muito incentivador para os alunos iniciantes. Neste caso, a mão esquerda faz os acordes, enquanto a mão direita toca a melodia. É um bom período para memorizar os acordes e desenvolver a leitura da melodia e o seu dedilhado.

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